Educar uma criança é uma das tarefas mais gratificantes e, ao mesmo tempo, mais desafiantes de um ser humano.

Não são poucos os pais que têm muitas dúvidas sobre a forma como devem lidar com os comportamentos desafiadores dos seus filhos, já que a educação tradicional é baseada nas recompensas e castigos, muitas vezes físicos, com os quais não concordam, mas não conhecem alternativas.

Para dizer a verdade, há muita gente que ainda acredita que uma palmada na hora certa faz milagres, afinal de contas, boa parte de nós, adultos, somos filhos de uma educação autoritária e acreditamos que nos tornámos boas pessoas por conta destas agressões.

E vão mais longe, acreditam mesmo que é isto que faz falta na educação das crianças de hoje em dia, que não respeitam ninguém, nem têm limites, uma vez que os pais se tornaram muito permissivos.

E isto acontece, de facto, porque muitos querem fazer diferente dos seus pais, que foram extremamente autoritários e, como não aprenderam a fazer diferente, vão para o oposto, que é a permissividade.

A solução está em aprender estratégias que equilibrem os limites com o afeto ao mesmo tempo.

A verdade é que, quando simplesmente recompensamos uma criança ou lhe prometemos um prémio se ela tiver determinado comportamento, ou as castigamos, quando se porta mal, não estamos a educar e sim adestrar, tal como os cães, com um agravante, porque nestes não damos as tais “palmadas pedagógicas”.

Dependendo do temperamento da criança, até pode resultar, pelo menos no imediato, uma vez que vai receber um prémio, ou porque tem medo de ser punida.

E, se a criança tiver um temperamento quente, é muito provável que nada disto funcione de todo, o mais certo é ela desafiar os pais constantemente.

Educar é:

. entender as razões que levaram a criança a se portar mal;

. ajudá-la a compreender as consequências dos seus atos;

. respeitá-la antes de cobrar respeito (gritar e bater é desrespeito);

. ajudá-la desenvolver as suas próprias estratégias para resolver os seus desafios;

. saber equilibrar limites com afeto ao mesmo tempo.

De forma a te ajudar a EDUCAR os teus filhos deixamos-te algumas dicas:

1. Comunicação empática: estabelece um diálogo aberto, mostra que estás disposta, disposto a ouvir sem críticas nem julgamentos.
2. Estabelece limites respeitosos: as crianças precisam de limites para se sentirem seguras.
3. Reforça os comportamentos positivos: concentra-te em dar mais atenção aos comportamentos positivos do que aos negativos, o que vai motivar os teus filhos a repetirem as atitudes que tanto desejas.
4. Dá o exemplo: sê um modelo positivo de paciência, de empatia e de resolução saudável de conflitos para que os teus filhos possam aprender ao observarem as tuas atitudes.
5. Consequências: estabelece consequências respeitosas para os (naturais) maus comportamentos futuros e envolve os teus filhos no seu estabelecimento.

Conclusão:

Educar vai além da simples correção de comportamentos. É um processo de construção de valores que vão moldar o carácter dos teus filhos para toda a vida.

Optar por métodos não violentos contribui não só para um ambiente familiar saudável, mas também para o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança, promovendo um futuro baseado na compreensão e no respeito mútuos.

Ao escolhermos o caminho da empatia, estamos a investir no potencial único de cada criança, construindo bases sólidas para um crescimento saudável e feliz.

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Se sentes que de facto não estás a conseguir educar os teus filhos como gostarias, sabe que não tem nada de errado pedir ajuda.

Afinal as criança não vêm com um manual de instruções!

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