Redefinindo o sucesso na maternidade: Deixando de lado a Culpa de mãe
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A maternidade é muitas vezes romantizada como uma experiência alegre e gratificante, mas, nos bastidores, muitas mães enfrentam um sentimento avassalador de culpa e de pressão social.

Neste artigo vamos explorar o conceito de “culpa de mãe” e investiga o impacto que tem no bem-estar das mães e deixaremos também, como sempre, algumas dicas sobre como lidar com essa emoção de modo a aliviar o peso da culpa e promover uma abordagem mais compassiva e compreensiva em relação à maternidade.

Mas, afinal, de onde vem essa culpa?

A verdade é que a maternidade é parece vir cada vez mais acompanhada por uma lista de expectativas. A sociedade diz-nos que devemos conciliar sem esforço a carreira e a família, garantir que os nossos filhos se destacam em todos os aspectos da vida, manter uma casa perfeitamente limpa e organizada e ainda ter tempo para ser uma companheira e amiga que apoia os outros.
Isto é mais do que suficiente para fazer com que até o mais organizado de nós se sinta sobrecarregado.
A pressão para corresponder a estas expectativas pode ser esgotante e pode fazer com que muitas mães sintam que estão constantemente a ficar aquém das expectativas.

Além disso, há também a questão da culpa em si, que parece ser uma parte inerente da maternidade, com as mães a sentirem-se culpadas por trabalharem fora de casa, por não passarem tempo suficiente com os teus filhos, por não serem a mãe perfeita das redes sociais.
Esta culpa pode consumir tudo, fazendo com que muitas mães sintam que nunca conseguem fazer o suficiente ou ser o suficiente.

É chegada a altura de desafiarmos esta noção e redefinirmos o sucesso na maternidade, porque o peso da “culpa de mãe” pode ter um impacto significativo no bem-estar mental e emocional das mães.

Como lidar então com isso?

1 – Desafiar as expectativas da sociedade: Redefinir o sucesso na maternidade
O sucesso na maternidade não deve ser medido apenas por padrões externos. É altura de abandonar a noção de que uma mãe bem sucedida é aquela que cumpre a lista de realizações da sociedade.
Em vez disso, o sucesso deve ser definido pelo amor, cuidado e apoio que damos aos nossos filhos. Trata-se de criar um ambiente acolhedor onde os eles possam prosperar e sentir-se amados incondicionalmente.

Por isso é essencial definir expectativas realistas tanto para o nosso bem-estar como para o dos nossos filhos. Não faz mal admitir que não conseguimos fazer tudo e que precisamos de apoio.
Não faz mal dar prioridade aos cuidados pessoais e pedir ajuda quando necessário. Quando estabelecemos expectativas realistas, podemos aliviar alguma da culpa e da pressão que colocamos sobre nós próprias e criar um ambiente mais saudável e feliz para nós e para os nossos filhos.

2 -Abraçar o autocuidado e a realização pessoal enquanto mãe
Como mães, colocamo-nos muitas vezes em último lugar na nossa lista de prioridades. No entanto, o autocuidado é essencial para o nosso bem-estar e para a nossa capacidade de cuidarmos dos nossos filhos. Tirar tempo para nós próprias, quer seja através de exercício físico, passatempos ou simplesmente relaxando com um livro, permite-nos recarregar energias e ser a melhor versão de nós próprias.

Além disso, ser mãe não significa renunciar aos nossos próprios interesses e paixões. O irmos atrás de de objetivos e sonhos pessoais não só traz realização pessoal, como também serve de exemplo positivo para os nossos filhos. Ao mostrar-lhes que valorizamos a nossa própria felicidade, ensinamos-lhes a importância da autoestima e de seguirem as suas próprias paixões.
Por isso, vai em frente, persegue esse sonho e deixa que os teus filhos testemunhem a tua coragem e determinação!

3 – Dar prioridade à saúde mental e ao bem-estar da mãe e do filho
A maternidade é um papel desafiante e exigente que pode muitas vezes afetar o bem-estar mental de uma mulher. É essencial reconhecermos a ligação entre a saúde mental da mãe e o desenvolvimento geral dos nossos filhos.
Quando uma mãe dá prioridade ao seu bem-estar mental, pode cuidar melhor do seu filho, promovendo um ambiente de carinho e amor.
Já várias investigações demonstraram que a saúde mental materna influencia a regulação emocional, o desenvolvimento cognitivo e as competências sociais dos seus filhos, o que torna crucial abordar e dar prioridade à saúde mental materna.

4- Celebrar a diversidade da maternidade: Abraçar as escolhas e os percursos individuais
A maternidade não é uma experiência única e é crucial reconhecer e respeitar os diversos estilos parentais que existem. Todos os pais têm circunstâncias, valores e crenças individuais que influenciam a sua abordagem à educação dos filhos. Ao celebrarmos esta diversidade, podemos criar um ambiente mais inclusivo e de apoio. Em vez de perpetuarmos uma cultura de comparação e julgamento, vamos abraçar a ideia de que não existe uma única forma “correta” de ser mãe e respeitar as escolhas e os caminhos que cada mulher toma.

5 – Dar às mães a possibilidade de definirem a sua própria versão de sucesso
A maternidade não é uma competição ou uma corrida para alcançar os ideais sociais de sucesso. Trata-se de abraçar a autoaceitação e a autocompaixão. O percurso de cada mãe é único e só ela pode definir que é significa o sucesso para si. É essencial que as mães reconheçam os seus pontos fortes, se perdoem pelas suas imperfeições e deem prioridade ao seu bem-estar mental e emocional.
Só ao cultivar a autoaceitação e a autocompaixão, as mães podem criar um ambiente estimulante e gratificante para si e para os seus filhos.

Concluindo:
As atitudes da sociedade em relação à maternidade precisam de evoluir com urgência. Em vez de perpetuar a culpa, o julgamento e as expectativas irrealistas, devemos encorajar uma perspetiva mais solidária e compreensiva.
Celebremos as mães pela sua resiliência, dedicação e amor, e reconheçamos os desafios que enfrentam sem as culpar ou culpabilizar.
Ao mudarmos as atitudes da sociedade em relação à maternidade, podemos criar um mundo onde todas as mães se sintam capacitadas, apoiadas e respeitadas.

 

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