Na semana passada trouxemos-te algumas dicas sobre como podes ajudar o teu filho a lidar com a raiva.
Hoje vimos falar de outras emoções que também perturbam bastante os nossos filhos e nem sempre sabemos o que fazer para melhor os ajudar a ultrapassá-las, quando de manifestam de forma mais intensa, e que são a tristeza e o medo.
E vamos começar primeiro por falar da tristeza.
Quando vemos o nosso filho a chorar é impossível ficarmos indiferentes, porque o nosso coração sofre com ele e, por todo amor que sentimos, a nossa tendência é tirá-lo imediatamente desse estado, só que, com isso, perdemos a oportunidade de o ajudarmos a desenvolver habilidades emocionais para a vida.
Mas o que devemos então fazer, quando isso acontece?
Em primeiro lugar dizendo algo como “Percebo que estás muito triste e estou aqui se precisares de mim”.
Também ajuda muito quando contamos histórias verídicas nossas de alguma altura em que nos sentimos muito tristes, o que aconteceu, como nos sentimos e como lidámos com isso.
Consegues imaginar como te sentirias se alguém fizesse isso contigo num momento em que te sentisses muito triste?
Ajuda, não bastante, não é mesmo?
A outra emoção de que te queremos falar hoje, muito típica da infância, é o medo.
O medo surge nas crianças exatamente quando elas começam a perceber que não têm controlo sobre que lhes acontece e, donos de uma imaginação muito poderosa, começam a criar na sua mente todo o tipo de cenários que podem acontecer.
Os medos mais comuns são o medo do escuro, dos hospitais, dos trovões, de monstros, de ficarem sozinhos, entre outros e muitas vezes somos nós que alimentamos estes medos com expressões que eram muito comuns na nossa infância, como “O homem do saco”, “O polícia mau” ou “Se não vestires o casaco vais ficar doente e depois tens de ir para o hospital/levar injeção”, etc.
Alguma destas frases fez parte da tua infância?
A intenção é a melhor, sem dúvida alguma, mas esquecemos que a mente das crianças não funciona como a nossa e elas ainda não conseguem distinguir entre a realidade e a fantasia, por isso devemos evitá-las completamente.
Quando a criança está com medo devemos:
– Aceitar isso, ao invés de negar ou desconsiderar
– Explicar as coisas de forma simples
– Contar histórias de superação, principalmente do nosso próprio passado
– Ir expondo a criança ao seu medo, de forma muito gradual, respeitando o seu tempo e aceitando eventuais recuos como parte do processo.
E pronto, por hoje é tudo, esperamos que estas dicas te ajudem!
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