Até que ponto o castigo torna as crianças responsáveis?
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Acreditas que os castigos tornam as crianças responsáveis?

A nossa experiência pessoal, ao contrário do que nós próprios acreditámos durante muito tempo, provou-nos que o castigo não só não torna as crianças mais responsáveis, como é mesmo uma ferramenta da educação tradicional que prejudica mais do que realmente EDUCA.E não te pedimos que acredites em nós, apenas que leias este artigo até ao final antes de tirares qualquer conclusão.Os castigos realmente não funcionam, uma vez que NÃO levam as crianças a perceberem que se trata de uma consequência das suas escolhas, simplesmente porque muda o foco delas para dor que estão a sentir e vira o olhar para os pais como sendo “os maus da fita”.

Esse estilo de educação deixa algumas marcas:
– Ensina as crianças a obedecerem, não a lidar com as emoções, que provocaram o mau comportamento;
– Ensina que quem manda tem sempre razãoAs crianças aprendem a obedecer, não a pensar pela sua própria cabeça (o que pode vir a ser um perigo na adolescência)
– Promove a rebeldiaVários estudos concluíram que crianças criadas com um estilo de educação autoritário tendem a ser mais rebeldes quando adolescentes e jovens adultos (dependendo do temperamento);

– Promove a mentira
Quando a criança é extremamente controlada, tem de se portar sempre bem, de ser “perfeita”, terá tendência para mentir para não ser castigada e/ou desiludir os pais;

– Promove a baixa autoestimaUma criança que é frequentemente castigada começa a olhar para si mesma como “defeituosa”, como má porque não consegue relacionar o motivo de ficar de castigo com o seu mau comportamento.Posto isto, talvez te estejas a perguntar: “E então, se não posso castigar, deixo o mau comportamento impune?”Claro que não!A Disciplina Positiva ensina-nos dezenas de ferramentas para lidarmos com o mau comportamento dos nossos filhos, consoante a situação em causa e uma delas é a Consequência.
Quando usamos a Consequência corretamente, as crianças aprendem a perceber que têm opção de escolha e que, caso façam a escolha “errada” terão de assumir a consequência.
Mas para que a consequência seja mesmo diferente do castigo há alguns aspetos muito importantes a ter em consideração:
1 – Tem de ser acordada entre as partes ANTES da situação ocorrer e, de preferência, ser sugestão da própria criança;
2 – Tem de ser relacionada com a “infração” cometida.Por exemplo: Se o teu filho não vai tomar banho porque fica a ver televisão, uma consequência possível poderá ser ficar sem televisão no dia seguinte.
3 – Quando o teu filho não cumprir o acordado, é essencial que mantenhas a calma, que apenas recordes o que combinaram e lhe perguntes “O que podes fazer diferente amanhã para que isso não volte a acontecer? Precisas da minha ajuda?”E este último ponto é o mais difícil para a maioria dos pais, que não conseguem manter a calma e/ou sedem às queixas do filhos e não implementam as consequências acordadas.Não é de facto uma ferramenta fácil e deve ser usada apenas quando as outras estratégias não se aplicam, mas quando a usamos corretamente, leva ao desenvolvimento da autorresponsabilidade, ao contrário do castigo.
Isto faz sentido para ti?Se ficaste com alguma dúvida, fica à vontade para nos enviares e-mail, estamos aqui para te ajudar!

 

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