A minha filha tem de ter uma alta autoestima!!!
Joana - autoestima

Para mim era algo essencial, afinal eu cresci sem nenhuma autoestima e sei o quanto isso me custou, o preço que ainda hoje pago, e não queria nunca que a minha filha passasse pelo mesmo!
Recordo pequenos momentos, ao longo do seu crescimento, em que ela chegava a casa triste com alguma amiguinha, por algo que alguém tivesse dito…
Recordo a minha preocupação, as vezes que lhe disse “Não ligues…” ou “Esquece…”
O meu medo de que ela levasse estas coisas demasiado a peito era tanto que me esquecia de me conectar com ela, de lhe dizer que entendia como ela se sentia, me tinha sentido assim um dia. E, ao contrário, estava a dizer-lhe que ela não se devia sentir assim!
Não sei quanto a ti, mas eu, quando estou magoada com algo, detesto que me digam “Não ligues!”, “Não é importante” e nem me apercebia que estava a fazer o mesmo com a minha filha, que não lhe estava a dar o direito de aprender com o que sentia, e também não estava a criar uma ligação profunda com ela.
Hoje entendo que aquele tipo de desentendimentos são momentos de aprendizagem, que não têm de ter grande peso na construção da sua personalidade, principalmente se não os encararmos como “Eu já devia ter ensinado o meu filho a não ligar a estas coisas!”, se estivermos lá para os apoiar, se mostrarmos empatia e lhes dissermos que também já tivemos os nossos momentos de insegurança. Afinal somos humanos, todos temos os nossos momentos de vulnerabilidade, de insegurança e reconhecê-lo vai aumentar exponencialmente a conexão com os nossos filhos.
É mais do que normal querermos libertar os nossos filhos da dor!
Dói no nosso coração vê-los em sofrimento, mas a vida é assim mesmo, não há como fugir a momentos dolorosos e por isso é tão essencial aprendermos a lidar com eles desde cedo!
Quem não aprende a lidar com as suas emoções carrega um grande desequilíbrio emocional para a vida adulta. Quem não aceita a sua condição de ser humano, com falhas e imperfeições, quem não abdica de tentar controlar o que não é controlável, são pessoas com grandes probabilidades de vir a ter graves crises de ansiedade e a sofrer de depressão profunda.
Por isso sim!
É mesmo essencial ajudarmos os nossos filhos a lidarem com o que sentem, e isso é feito através dos mais “banais” momentos da vida do dia a dia, porque nós desejamos, acima de qualquer outra coisa, que os nossos filhos se venham a tornar adultos felizes e emocionalmente saudáveis.
E como está hoje a minha filha, com os seus 13 anos, com tantos pequenos erros que cometi ao longo do seu crescimento?
Felizmente, e apesar deles, tem uma autoestima bem razoável, uma autoconfiança ainda a precisar de algum trabalho e o nosso relacionamento está muito melhor desde que comecei a aprender estas subtis formas de criar conexão com ela, que me levaram a mostrar empatia para com o que ela sentia, a aceitá-la como é e a responsabilizá-la cada vez mais pelas suas escolhas e decisões.
Também eu sou humana e há muitas coisas que gostava de ter começado a fazer mais cedo, mas por muito que o lamente não me permito afundar nas águas lamacentas da culpa e olho em frente, consciente de que fiz o melhor que sabia e esforçando-me por ser e fazer cada vez melhor!

E tu, como é em tua casa?
Já consegues ter este tipo de relacionamento com os teus filhos?
Já mostras facilmente empatia e apresentas-te como uma mãe que também erra, que também tem medo?

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