Não dês cabo da autoestima dos teus filhos
Novas artes  Super Pais - 53

A autoestima diz respeito à percepção de valor que temos de nós mesmos.

A verdade é que todos nós nascemos com uma boa autoestima, que continua o seu desenvolvimento (ou não), essencialmente ao longo na infância e impacta diretamente a vida adulta e é aqui que se encontra o “X” da questão.

Se observarmos com atenção as atitudes dos adultos de hoje, vamos perceber que a maior parte não tem uma boa autoestima.

Isto porque não tivemos uma educação em que se dava importância ao desenvolvimento da Inteligência Emocional, pelo simples facto de que os nossos pais também não tiveram e nesse sentido, como nos poderiam ensinar?

Neste contexto, a família, professores, e outros adultos que tenham uma ligação afetiva mais próxima com as crianças, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da sua autoestima, ou melhor, na manutenção da autoestima que elas já trazem de nascença.

São estas pessoas que orientam, auxiliam e reconhecem as atitudes das crianças.

Todo o ser humano precisa de se sentir respeitado e importante no meio em que vive.

O problema é que, na cultura tradicional, são muitas as atitudes que destroem por completo a autoestima das crianças, e, sem darmos conta disso, fazemos com que os nossos filhos sintam que não são bons como são, que não merecem o nosso amor.

Por isso, para te ajudar a fortalecer, em vez de “dares cabo” da autoestima dos teus filhos, deixamos-te algumas dicas sobre o que não fazer o o que fazer:

1 – Evitar comparações:
Comparar uma criança com irmãos, primos, colegas ou outras, em vez de as fazer querer ser como elas, como é nossa intenção, faz com que sintam que não são boas como são, que deviam ser diferentes, o que é uma autêntica “machadada” na sua autoestima Precisamos de fazer com que a criança entenda que todos são diferentes e que, portanto, ninguém é pior ou melhor do que ninguém.
A única comparação permitida é com ela própria, ou seja, mostrar-lhe as suas conquistas, como ela já foi capaz de superar os desafios que teve antes.

2 – Respeitar os seus sentimentos:
Todos nós ouvimos dizer, ao crescer, algo como “Não vale a penas estares assim”, “Isso não foi nada”, “Meninos não choram”, etc.
Contudo, não é nada saudável menosprezar o que a criança sente, mesmo que a nós nos pareça ser insignificante, porque, para ela, naquele momento, o que está a sentir é verdadeiro e importante. Quando os nosso filhos estão zangados, com medo ou triste, precisamos de os ajudar a lidar com essas emoções da melhor maneira possível, oferecendo o nosso apoio para encontrar estratégias para lidar com isso da forma mais positiva possível.

3 – Evitar rótulos:
Muitas vezes fazemos isso com a intenção de chamar a atenção da criança para o seu “mau” comportamento. O problema é que, chamá-la de “distraída” ou de “chata”, por exemplo, faz com que a ela se identifique com a esses rótulos e fique “presa” a eles.
O que podemos fazer de diferente é usar perguntas que a levem a refletir sobre o seu comportamento, por exemplo, “O que achas que poderias ter feito de diferente?” ou “O que achas podes fazer de diferente da próxima vez?”

4 – Promover a autonomia:
É essencial criar situações em que os nossos filhos possam desenvolver a sua autonomia e fazer as suas escolhas, assim como sentir as consequências das mesmas.
Dar mais de uma opção, dentro do que é razoável para nós, para que ela possa escolher o que vai vestir, por exemplo, fará com que ela se sinta importante, independente e útil.

5 – Escutar mais:
É muito importante estarmos abertos para ouvir o que a criança tem a dizer, sem críticas nem julgamentos. Ouvir para compreender e não para apenas responder!
Saber ouvir é uma habilidade fundamental e transversal a todas as estratégias anteriores, pois apenas quando estamos atento ao que a criança faz, diz e pensa é que conseguimos perceber os seus sentimentos diante dos desafios.

Concluindo:
Para garantir que a criança de hoje se venha a tornar num adulto com uma boa autoestima é essencial que os seus principais cuidadores lhe propiciem ambientes saudáveis que favoreçam o desenvolvimento da sua Inteligência Emocional.

Deixa-nos a tua opinião sobre este artigo enviando um e-mail para geral@superpais.pt

Se te sentes cansada, frustrada, com a dificuldade em pôr em prática as dicas e estratégias que te deixamos, sabe que não há nada de errado em pedir ajuda.

Afinal as criança não vêm com um manual de instruções!

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