Vamos definir limites na expressão da frustração
Novas Artes SP 2024 - 84

A frustração e a dificuldade dos nossos filhos em lidar com ela, está na origem da grande maioria do “mau” comportamento deles por isso, muitos pais, quando nos “ouvem” dizer que devemos acolher as crianças e validar os seus sentimentos, entendem isso como ser permissivo e não pôr limites na expressão da frustração.

Contudo, tal não é verdade, já que, expressar frustração e raiva é uma parte natural do crescimento das crianças, e necessária para aprenderem a lidar com ela, mas também é fundamental ensiná-las a lidar com essas emoções de forma construtiva.

Aqui estão cinco dicas práticas para te ajudar a navegar nesse delicado equilíbrio:

1 – Pratica a escuta ativa
Quando o teu filho expressar frustração ou raiva, reserva algum tempo para o ouvir com atenção e empatia. Valida os seus sentimentos, reconhecendo e nomeando as emoções que ele estará a sentir.
Por exemplo, podes dizer: “Compreendo que estás muito chateado porque não conseguiste o que querias.”

2 – Ensina habilidades de regulação emocional
Ajuda o tu filho a desenvolver maneiras saudáveis de lidar com a frustração, o que pode incluir técnicas de respiração profunda, contar até dez devagar, ou mesmo encontrar um lugar tranquilo para ele se acalmar. Modelar essas técnicas e praticar com o teu filho pode ser muito mais eficaz do que apenas lhe dizeres o que fazer.

3 – Estabelece limites claros
Embora seja importante validarmos os sentimentos dos nossos filhos, também é essencial estabelecermos limites claros sobre como expressar essas emoções.
Explica as expectativas de comportamento de maneira calma e assertiva, sem julgamentos ou críticas.
Por exemplo, podes dizer: “Eu compreendo que está chateado, e não é aceitável gritar ou bater. Vamos encontrar outra maneira de resolvermos isso juntos.”

4 – Deixa o “Não” apenas para quando for mesmo inevitável
Na nossa sociedade usamos o “não” com enorme frequência, por vezes sem nem dar conta disso. 
Ora, dentro dos limites razoáveis, tenta evitar o “não” tanto quanto possível, e dizer o que os teus filhos podem fazer ou ter em vez do que “não” podem fazer ou ter, por exemplo.
Quanto menos o usares, mais fácil será para seu filho aceitar esse “não” e menos frustração sentirá pelo que será mais fácil lidar com ela.

5 – Faça do aprendizado uma jornada
Lembra-te de que o desenvolvimento emocional é uma aprendizagem contínua e que os erros são parte natural do processo. Encoraja o teu filho a aprender com as suas experiências e a encontrar maneiras construtivas de lidar com a frustração. Celebrar os progressos e apoiarem-se mutuamente durante os desafios pode fortalecer ainda mais a conexão entre vocês.

Conclusão:
Encontrar o equilíbrio entre validar os sentimentos e estabelecer limites pode ser desafiador, mas com paciência, prática e amor incondicional, podes ajudar o teu filho a crescer e a se desenvolver de maneira saudável e feliz.
Lembra-te de que não estás sozinha nesta jornada e que existem recursos e apoio disponíveis para te ajudar e à tua família ao longo do caminho.

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