Como criar filhos emocionalmente seguros: práticas diárias em casa
Segurança emocional

Criar filhos emocionalmente seguros é uma das maiores dádivas que podemos oferecer enquanto pais. 
Crianças emocionalmente seguras são mais resilientes, conseguem expressar as suas emoções de forma saudável e estabelecem relações mais profundas e significativas.
Mas como podemos construir essa segurança emocional em casa?
Porque sabemos que muitos pais ainda têm essa dificuldade, deixamos-te aqui algumas práticas diárias que ajudam a promover um ambiente seguro e acolhedor, onde os teus filhos podem crescer com confiança e autenticidade.

1. Escuta ativa e presença total
Na correria do dia a dia, é fácil cairmos na armadilha de ouvir os nossos filhos enquanto estamos distraídos. No entanto, para que eles sintam que as suas emoções e pensamentos são valorizados, é essencial praticar uma escuta ativa. Estar presente de “corpo e alma”, como costumamos dizer, desligando distrações como o telemóvel e olhando diretamente para os nossos filhos enquanto falam, comunica-lhes que o que dizem é importante.
Como aplicar: Dedica alguns minutos diários a conversar com os teus filhos, seja sobre a escola, os amigos ou algo que tenha vivenciado. Escuta-os sem julgar, interromper ou tentar resolver imediatamente o problema. Muitas vezes, apenas ouvir com atenção já é suficiente para eles se sentirem compreendidos e seguros.

2. Validação emocional
Todos nós experimentamos uma grande variedade de emoções, e as crianças não são exceção.
A validação emocional implica reconhecer e aceitar os sentimentos dos nossos filhos sem tentar “corrigir” ou minimizar o que estão a sentir, o que os ajuda a perceber que todas as emoções são válidas, desde a alegria à tristeza, da frustração ao medo.
Como aplicar: Quando o teu filho expressar uma emoção, em vez de dizeres algo como “não chores” ou “não é nada”, tenta refletir sobre o que ele sente com uma frase como: “Percebo que estás triste” ou “Vejo que isso te deixou frustrado”.
Esta validação ajuda-o a entender que é normal sentir-se assim e que pode confiar nos seus próprios sentimentos.

3. Incentivar a expressão de emoções
Em vez de ensinarmos as crianças a reprimir emoções difíceis, é fundamental encorajá-las a expressá-las de maneira saudável. Criar um espaço onde possam verbalizar o que sentem, sem medo de críticas, ajuda a construir uma segurança emocional duradoura.
Como aplicar: Estabelece momentos do dia, como depois das refeições ou ao deitar, para conversarem sobre como se sentem.
Pergunta ao teu filho: “Como te sentiste hoje?” ou “Houve algo que te deixou aborrecido ou feliz?”.
Estas conversas regulares facilitam a comunicação e permitem que ele se sinta confortável em expressar-se.

4. Criar um ambiente de segurança e estabilidade
A estabilidade no ambiente familiar é um dos pilares da segurança emocional. Quando a criança sabe o que esperar, sente-se segura e confiante. A criação de rotinas e rituais familiares, assim como o cumprimento das promessas, transmite previsibilidade e confiança.
Como aplicar: Implementa rotinas diárias e rituais familiares, como momentos de leitura antes de dormir ou refeições em família, onde todos possam conversar e partilhar. Estes momentos regulares ajudam a criar um sentido de pertença e segurança, mostrando ao teu filho que ele tem um lugar seguro a que pode sempre regressar.

5. Ensinar a gestão de conflitos e frustrações
A vida traz inevitavelmente desafios e contrariedades. Ensinar os nossos filhos a lidar com a frustração e a resolver conflitos de forma construtiva é essencial para o seu bem-estar emocional.
Crianças emocionalmente seguras aprendem a gerir os conflitos de forma respeitosa e a lidar com os desafios de maneira mais equilibrada.
Como aplicar: Quando surgirem conflitos entre irmãos ou com amigos, orienta os teus filhos a expressarem os seus sentimentos de forma calma e a procurar soluções em conjunto. Usa frases como “O que achas que poderias fazer para resolver isto?” ou “Como achas que o outro se sente?”
Incentiva-os a desenvolver empatia e a encontrar soluções que beneficiem ambas as partes.

6. Dar o exemplo com empatia e autocompaixão
As crianças aprendem principalmente pelo exemplo. A forma como lidamos com os nossos próprios desafios emocionais transmite uma mensagem poderosa sobre como elas podem lidar com os seus. Praticar empatia e autocompaixão nas nossas próprias vidas inspira os nossos filhos a fazer o mesmo.
Como aplicar: Quando tiveres um dia difícil, partilha a tua experiência de forma adequada com os teus filhos. Podes dizer algo como: “Hoje senti-me um pouco triste, mas fiz uma pausa para me sentir melhor.” Isto mostra-lhes que todos nós temos momentos de fragilidade e que é possível cuidarmos de nós próprios com compaixão.

7. Reforçar a autonomia e a confiança
Confiar nas capacidades dos teus filhos e dar-lhes a oportunidade de experimentar e falhar, ajuda-os a construir autoconfiança e resiliência. Sentir que têm o apoio dos pais para explorar, sem pressão de perfeição, fortalece a segurança emocional e o sentido de valor próprio.
Como aplicar: Dá espaço aos teus filhos para resolverem pequenos problemas do dia a dia por si mesmos, como preparar a mochila ou resolver um puzzle difícil. Reconhece e reforça o esforço e a determinação, em vez de focares apenas os resultados. Mostrar-lhes que o que importa é o processo de aprendizagem faz com que eles se sintam seguros para enfrentar novos desafios.

Conclusão
Criar filhos emocionalmente seguros é um trabalho contínuo e intencional, que começa com a criação de um ambiente de apoio, compreensão e respeito em casa. Estes momentos do dia a dia, por mais simples que pareçam, são fundamentais para construir a base de uma segurança emocional sólida. Com práticas diárias de validação, empatia e apoio, oferecemos aos nossos filhos a confiança e a segurança de que precisam para enfrentar o mundo de forma equilibrada e confiante, sabendo que têm sempre um porto seguro na família.

 

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