As redes sociais tornaram-se parte integrante da vida dos jovens de hoje, moldando as suas perceções, interações e até a sua autoestima. À medida que as plataformas digitais continuam a evoluir, é crucial examinarmos o impacto que têm na autoestima dos jovens de hoje.
Neste artigo aprofundamos a complicada relação entre as redes sociais e a autoestima, lançando luz quer sobre os efeitos negativos quer sobre os positivos.
Depois deixamos, como sempre, algumas estratégias eficazes para ajudar os jovens a navegar no panorama digital atual e a desenvolver uma autoimagem saudável.
Mas comecemos por compreender um pouco melhor a influência dos media sociais na autoestima dos jovens.
O facto é que as plataformas como o Instagram, o Facebook e o TikTok dominam as rotinas diárias dos nosso filhos, e têm o lado positivo de oferecerem uma forma de contactar com os amigos, partilhar atualizações e manterem-se informados. No entanto, a influência das redes sociais vai para além destes benefícios superficiais e pode ter um impacto significativo na autoestima deles.
Já são muitos os estudos que exploraram a ligação entre a utilização das redes sociais e a autoestima, e que revelam uma relação complexa: se, por um lado, podem proporcionar oportunidades de autoexpressão e de conexão, promovendo uma autoestima positiva, por outro, também podem expor os jovens a padrões irrealistas, comparações constantes e críticas online, o que leva a sentimentos de inadequação e a uma diminuição considerável da autoestima.
A verdade é que as redes sociais apresentam frequentemente uma versão idealizada da realidade, em que muitas pessoas exibem os seus melhores momentos e realizações. Esta exposição constante à perfeição pode fazer com que os jovens se sintam inadequados e se comparem de forma desfavorável, o que pode ser particularmente prejudicial para a autoestima, uma vez que tendem a sentir que estão a ficar aquém em termos de aparência, realizações ou estatuto social.
Outra questão que precisa da nossa atenção urgente é o cyberbullying e as críticas online
Infelizmente, a ascensão das redes sociais deu lugar ao ciberbullying e às críticas online, que podem ter um impacto devastador na autoestima dos jovens. Os comentários negativos, a intimidação e a vergonha online fazem muitas vezes com que eles duvidem do seu valor. O anonimato das redes sociais encoraja muitas vezes algumas pessoas a adotarem comportamentos ofensivos, agravando os efeitos negativos na autoestima dos jovens.
Mas nem tudo nas redes sociais é negativo!
Embora possam ter efeitos prejudiciais para a autoestima, também têm o potencial de promover experiências positivas e de criar comunidades em linha de apoio. Há inúmeros exemplos de pessoas que encontram apoio, encorajamento e validação em plataformas como o Instagram e o Twitter. E estas interações positivas podem aumentar a autoestima e criar um sentimento de pertença de que os jovens tanto precisam.
Resumindo, as redes sociais têm uma profunda influência na autoestima dos jovens. Podem contribuir para sentimentos de inadequação e comparação ou facilitar experiências positivas e comunidades de apoio. Ao compreender o impacto das redes sociais e ao tomar medidas proativas para cultivar um ambiente online saudável, os jovens podem navegar nestas plataformas mantendo um sentido positivo de si próprios.
Passemos então às estratégias para fomentar uma autoestima saudável na era digital
1 – Incentivar a autoaceitação e a autocompaixão
Num mundo em que os filtros do Instagram podem fazer com que pareça um modelo de passerelle e as histórias do Snapchat apenas mostram o resumo da vida das pessoas, é crucial lembrar aos jovens que o seu valor vai muito além dos gostos e dos comentários que recebem. Ao incentivarmos a autoaceitação e a autocompaixão estaremos a ajudá-los a construir uma base sólida de autoestima que não depende de validação externa.
2 – Desenvolver uma perspetiva equilibrada dos conteúdos das redes sociais
É também essencial recordar aos jovens que o que veem é muitas vezes uma versão da realidade fortemente filtrada. Incentiva os teus filhos a darem um passo atrás e a lembrarem-se de que as pessoas normalmente só partilham os seus melhores momentos online.
Desenvolver uma perspetiva equilibrada dos conteúdos das redes sociais pode ajudá-los a evitar comparar a sua vida quotidiana com os melhores momentos de outra pessoa.
3 – Ensinar competências de pensamento crítico para avaliar conteúdos online
Com a abundância de informação nas redes sociais, é crucial ensinarmos os jovens a discernir fontes fiáveis de desinformação, afirmações exageradas ou manipulação digital. Ao desenvolver o pensamento crítico, eles podem tomar decisões mais informadas sobre o que consomem e ser menos influenciados por conteúdos enganadores.
Em vez de demonizar as redes sociais, vamos dar aos jovens os conhecimentos que lhes permitam fazer escolhas informadas sobre os seus hábitos digitais. Incentiva os teus filhos a estabelecerem limites, a fazerem pausas e a terem em atenção o seu bem-estar emocional enquanto utilizam as redes sociais. Ao dar-lhes autonomia sobre as suas experiências online, eles poderão navegar mais eficazmente nas pressões das redes sociais.
4 – Promover relações saudáveis e a autoestima fora das redes sociais
Embora as redes sociais nos permitam contactar com pessoas de todo o mundo, não devem substituir as interações no mundo real. Incentiva os teus filhos a fomentar as relações cara-a-cara e a participar em atividades offline que lhes tragam alegria e satisfação.
Ajuda-os a compreender que a sua autoestima não deve depender apenas da sua presença online. Incentiva-os a concentrarem-se na construção de relações saudáveis, na procura de passatempos e na realização de objetivos pessoais que não tenham nada a ver com as redes sociais. Ao encontrarem satisfação noutras áreas da vida, a sua autoestima será menos vulnerável aos altos e baixos do mundo digital.
Conclusão: Vamos capacitar os nossos filhos para cultivar a resiliência e a autoimagem positiva
Resumindo, as redes sociais têm um impacto significativo na autoestima dos jovens, levando muitas vezes a comparações, dúvidas e sentimentos de inadequação.
No entanto, ao pôr em prática as estratégias que aqui te deixamos, podemos capacitar os nossos filhos a cultivar a resiliência e a manter uma autoimagem positiva na era digital. Tudo se resume a ter consciência de si próprio e a praticar o autocuidado no meio do ruído das redes sociais.
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